nina rizzi- me-nina so-rizzi - poeta das boas
que nos traz a brisa e o frescor dos ventos
de fortabeleza bela-
nina- poeta maior- das coisas pequenas- dos sentimentos guardados- dos gritos arrrancados dos peitos-
poeta dos amores grandes e miúdos do cotidiano- dos fazeres e desfazeres afazeres de todos nós- que brigamos, brilhamos e nos afogamos entre nossos lúdicos jogos de faz-de-conta: almejando céus e nos arrastando aos infernos-
nina- poeta pop- dessas coisas que nos movem dessas coisas que nos alimentam- poeta de cactos e de cravos, de espinhos e de rosas - poeta de neologismos e de palavrinhas e de palavrões- nada aqui escapa de sua argúcia e de sua astúcia - as pendengas e as mandingas e o amor. ah! esse decantado e cantado em prosa e verso.
publico hoje alguns( entre tantos demais) poemas dela: aragens de ar fresco, jatos de água refrescante
na poesia e na língua:
o sorriso de nina- solto- como se fosse o sorriso do gato de alice-
ali se lê: ode à vida!
outra arte
nascer um pouco
a cada dia. perder-se, morrer
um pouco a cada dia
um
a música é alegre
geladeira, fogão, chuveiro frio
finalmente meus
valha! diabéisso?
esses cacos insistentes
no banheiro, na cozinha,
nas paredes?
: é em mim...
a alegria é dos gados
o lar,
vazio
rhythm and poetry ou bethoveeniana
nina rizzi
o sofá, a sacada, o colchão imundo jogado no chão
e tudo quase-tão escuro.
tese xvnina rizzi
enfio cada um dos dedos nos dez
mil anos de história, gracejo.
não guardo a perícia no trato com moscas e murisókas
carapanã-pinima, sou um espanto.
como quem prepara o melhor vinho calabrês
pisoteio, levanto a saia, giro espelhos, vos vomito.
que não sou eu, mas a indiferença,
o peso morto da história
goiabada-cascãonina rizzi
gosto do jeito dele de não me olhar quando cozinho,
de não se importar enquanto limpo os vômitos, as cinzas, seus restos.
até mesmo quando olha os seios ou as pernas das moças pela janela.
mas bom mesmo, gosto mesmo, das vezes que ele desaparece
e posso dormir, ser eu mesma, sozinha ou não, mulher<
Transitoriedade
há sete, dez anos talvez
na esquina daquele beco
havia lá um boteco
de quinta
saudosa lá voltei
contemplei as mesmas paredes descascadas
e bancos e mesas e copos
sujos surrados
a privada ainda quebrada
(o mesmo petisco e a cerveja gelada)
o mesmo cheiro no mesmíssimo dono
que é o mesmo
: gordo oleoso pastoso
quase medonho quase deus
entre o imundo imutável
tudo igual
: menos eu
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Sem desmerecer os outros, mas esse em homenagem à Nina tá demais! Parabéns por mais este espaço, Danilo. beijo
ResponderExcluiré a Nina! e a gente se espalha na poesia...
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