terça-feira, 3 de abril de 2012

oboé


no vácuo do tempo
o sopro de um oboé:
um gemido longo, louco,
rouco,
ecoa até hoje
nos tímpanos frouxos:
éramos nós
erramos os nós
e não nos desfazemos
das tralhas e trilhas
que nos prenderam ao leme
e o limo cresceu:
é hora!
abaixo as amarras
e as armas 
apenas amarás
todos os teus dias

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