domingo, 20 de março de 2011
antonio
imagem: flickr/darkmatter
hoje quem vem aqui é antonio.um paoeta perdid achado no espaço cyber. de verso amargo-boca seca- olhos aerados- esbugalhados braços e pernas e sem fé. pesado e leve-solto e escravo- barroco,barraco, em pleno 21.
codinome: zeno
essa que se arrasta incolume e impoluta pelas ruas das cidades
castigando o corpo em agulhas e perdizes
e só olha onde o olho não vê:
a história do olho
bataille em batalhas infernais
contra ânisas e anseios
seios nus se arrastando
bundas se tocando
tocam-se os hinos ao amor
quando nada mais resta dos restos dos restos
os rostos não se tocam: piaf chora, lamentando
as pérolas dadas aos porcos
gente suspira e pira
nas suas loucuras dissolutas:
os corpos se arrastam
aos trêmulos luizires
dee ruas congestionadas
colares, colírios, delírios,
boleros ensandecidos
e tangos amargos
vermelho verdes campos
de peadelo e sonho:
a pó-esia campeia
e descortina
os últimos panos
jogados sobre os pés:
não se aventurem mais,
não busque o absoluto
não reine aqui, poeta:
tudo está perdido
nad aestá pendido
nos lábios leporinos
do amor:
as tangerinas cheiram
aos calores de tanger
os desertos queimam
e apele explode:
casablanca, uma casa
branca
uma pomba morta
um escracho:
um quadro.
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Esses poetas de segunda estão cada vez melhores...estou gostando de suas escolhas. Parabèns ao Antônio e a vc. Bj
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